21 junho 2021

Símbolo

                       


Nunca se operou o símbolo, ou os símbolos, de maneira tão deslocada da realidade como no governo Bolsonaro. Desvirtuando e alterando significados de coisas que sempre foram caras ao imaginário do povo brasileiro.

Reich( “O Homem e seus Simbolos”) se “remoeria na tumba” ao ver 70 anos após o fim da segunda grande guerra, os rituais de poder nazi fascistas sendo resgatados por mandatários latino americanos. Ministro reproduzindo discursos de Goebbels, saudações supremacistas no congresso nacional e motociatas no estilo Mussolini. Sem falar no  “mico” que se tornou usar a camisa da seleção brasileira de futebol, a “Canarinho”, pois ela se tornou indumentária de todo radical de direita, para demonstrar seu ufanismo irracional.

Óbvio que não existe poder sem marcas  que o distingam, toda a liturgia do Estado está repleta de emblemas próprios. Contudo mergulhamos  numa “inconsciência coletiva” do significado que o resgate dos símbolos autoritários representa. Subliminarmente esse comportamentos de racismo, machismo, misoginia, anti intelectualismo vão se colando no cotidiano e as pessoas param de pensar sobre eles e simplesmente agem, muitas vezes de forma violenta.

O cerne da questão está em de forma consciente e abrangente se discutir no âmbito da sociedade civil organizada, as implicações dessas posturas que se tornam o “modus operandi” de todo um governo, que deveria ser de conciliação e governança geral, mas que só promove o conflito e divisão se voltando para os mais ricos.


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