09 agosto 2021

Jornada nas Estrelas Possível?

Recentemente revi “Star Trek: O Primeiro Contato”, onde os valorosos tripulantes da nova geração da Enterprise tentam preservar seu passado, nosso futuro fictício, de desaparecer frente à investida de uma raça alienígena chamada “Borg”, que pretende evitar o primeiro voo hiper luz e consequentemente o primeiro contato da raça humana com alienígenas.

Nessa utopia da ficção científica vemos uma humanidade em confusão e desagregação, que com a ciência da existência de outras formas de vida inteligente no Universo, se une e dá fim às guerras e à fome. Da mesma forma, hoje de manhã li no jornal o Relatório Climático da ONU,o IPCC, que mostra como as mudanças climáticas podem afetar nossa vida, causando várias tragédias. Difícil não sucumbir ao pessimismo das Distopias cinematográficas dos tempos atuais, pois a influência humana foi comprovada definitiva para a degradação do meio ambiente. Temos que parar de usar combustíveis fósseis agora, ou será tarde demais. Contudo não vejo empenho dos governos, principalmente do brasileiro para que isso aconteça. 

Não podemos esperar “contato com alienígenas" para nos conscientizarmos do que está acontecendo, pode ser que quando eles cheguem aqui só encontrem ruínas de nós, pois estamos sendo muito competentes em destruir esse planeta, de forma irreversível durante séculos. Vivemos um momento ruim para empreitadas ambientalistas, pois há um forte movimento conservador mundial, que nega até as provas científicas dos danos à natureza, por sua vez parece que o campo progressista está perdido em um “identitarismo” sem efetividade política, sem discussão entre suas partições. Não conseguindo dar o devido combate pela causa do meio ambiente. 

Star Trek parece cada vez mais um mundo distante, de racionalidade, solidariedade e compaixão, onde a cobiça não venceu o amor fraternal da humanidade. Onde o “Eidos” (Idéia) supera a "Physis"(Físico) em prol do bem comum como sempre quis Platão. Nos perdemos em irracionalidades como um agronegócio que defende a derrubada da Floresta, mesmo sabendo que esta regula o regime de chuvas que traz água tão necessária ao seu ofício. 

Simplesmente escrevo na esperança de que minha reflexão se propague por aqueles que estão dispostos a ler mais que “144 caracteres” e discutam essa questão para além da mesa do bar, tomando a rua num pungente protestar, pois esse é o único medo do político profissional, a multidão nas ruas.





 

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